sábado, 6 de novembro de 2010

LÍNGUA EM USO






O formal e o informal

Nós nos comunicamos de maneiras diferentes conforme a situação. A maneira com que falamos com a diretora na escola, por exemplo, não é a mesma com que batemos papo com os colegas ao telefone.
Quando conversamos com um conhecido, um amigo, ou alguém que faz parte da família, geralmente uma variedade informal da língua, também chamada coloquial. Isso acontece porque, quando há confiança em nosso interlocutor, podemos ser mais espontâneos.
Ao contrário, quando nos dirigimos a alguém que não conhecemos muito bem ou a alguma autoridade (como um juiz, um policial ou um médico), usamos a variedade formal da língua, mais séria. Nessas ocasiões, não usamos gírias, não falamos palavras grosseiras nem expressões que demonstrem uma intimidade que não temos com o interlocutor.
A mesma coisa acontece quando escrevemos cartas. Quando conhecemos bem o destinatário, quando nosso objetivo é contar histórias bem pessoais, costumamos usar a variedade informal. Já quando precisamos deixar um bilhete para um chefe ou quando vamos escrever uma carta de solicitação ou de reclamação, precisamos usar a variedade formal.
O importante é saber que cada ocasião exige um tipo de variedade lingüística e que nós devemos empregar aquela adequada à situação que vivenciamos.
É por isso que, na escola, estuda-se a norma-padrão da língua portuguesa, nossa referência para a variedade formal. Ela é um modelo em que podemos nos apoiar para produzirmos textos orais e escritos adequados a situações formais de comunicação.
Quando são escritos documentos oficiais e trabalhos científicos, textos jurídicos e, de uma maneira geral, quando se veiculam noticias e informações pelos meios de comunicação em todo o país, procura-se usar como modelo essa norma. Por isso, aprendê-la e refletir sobre ela na escola é um direito de todos os estudantes do país.
(RODELLA, Gabriela e outros, Português, a arte da palavra, São Paulo: AJS, 2009).

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