Parafrasear um texto significa recriá-lo com outras palavras.
O aperfeiçoamento da escrita se dá à medida que ampliamos o nosso conhecimento linguístico, procurando cada vez ampliar o nosso vocabulário e o nosso conhecimento de mundo em relação ao posicionamento de argumentos frente aos assuntos abordados.
Desta forma, diversos são os elementos que participam desta competência, tais como a prática assídua da leitura, dentre outros. E como dito anteriormente, essa busca pelo aperfeiçoamento deve ser constante, e um procedimento de extrema importância, e que merece destaque, é a reescrita textual.
No momento em que escrevemos vamos formulando as ideias, realizando uma tessitura coesa e organizada, com vistas a tornar a mensagem passível de entendimento para o leitor. Entretanto, em certos momentos, cometemos algumas falhas no que se refere à ortografia e à disposição das palavras como um todo, e que somente por meio de uma releitura conseguimos identificá-las.
Dentre a prática da reescrita reside uma forma de intertextualização denominada “Paráfrase”, cuja finalidade é a criação de um texto fazendo referência a outro, sem que a ideia (a mensagem) seja alterada.
Tal técnica foi muito explorada por importantes poetas pertencentes à Literatura Brasileira de acordo com as estéticas literárias. Vejamos, pois, alguns exemplos:
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paráfrase
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).
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