domingo, 30 de dezembro de 2012

As diferentes concepções de ensino/aprendizagem que circulam no espaço escolar.


A aprendizagem é a aquisição de conhecimentos e habilidade; é a troca relativamente permanente do comportamento devido da experiência. A aprendizagem é um processo através do qual o educando se apropria ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece. Assim, para que o educando aprenda, ele precisa interagir com outros seres humanos, com os adultos e com outras crianças. Desta forma, o papel do educador é fundamental, ele deve estruturar condições para ocorrência de interações professor-educandos-objeto de estudo, que levem à apropriação do conhecimento.

Assim, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se dá através da alteração de conduta de um indivíduo, e essa alteração se dá por condicionamento operante, experiência ou ambos, de uma forma razoavelmente permanente. As informações podem ser absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos. Desta forma, o educando tem que querer aprender, pois o ato ou vontade de aprender é uma característica essencial do psiquismo humano, pois somente este possui o caráter intencional, ou a intenção de aprender;dinâmico, por estar sempre em mutação e procurar informações para o processo ensino aprendizagem; criador, por buscar novos métodos visando a melhora da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro.

Vale ressaltar que todo ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de estímulos externos e internos para o aprendizado. Há aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação física, psicológica e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses fatores, e por predisposições genéticas.

Na abordagem tradicional o educador exerce o papel de mediador entre cada educando e os modelos culturais, o educador já traz o conteúdo pronto e o educando se limita passivamente a escutá-lo, a relação educador-educando é vertical, sendo que o educador detém o poder decisório à metodologia, conteúdo, avaliação, forma de interação na aula. O educador é o agente e o educando o ouvinte. A avaliação é realizada predominantemente visando a exatidão da reprodução do conteúdo comunicado em sala de aula.

Segundo os behavioristas a aprendizagem é uma aquisição de comportamentos através de relações entre Ambiente e Comportamento, ocorridas numa história de contingências, estabelecendo uma relação funcional entre Ambiente e Comportamento. O indivíduo é visto como ativo em todo o processo; a aprendizagem é sinônimo de comportamento adquirido; o reforço é um dos principais motores da aprendizagem; a aprendizagem é vista como uma modelagem do comportamento.

Nas abordagens cognitivas, considera-se que o homem não pode ser considerado um ser passivo. Enfatiza a importância dos processos mentais no processo de aprendizagem, na forma como se percebe, seleciona, organiza e atribui significados aos objetos e acontecimentos. É um processo dinâmico, centrado nos processos cognitivos, em que temos: individuo-informação-codificação-recodificação-processamento-aprendizagem. O ensino consistirá em organização dos dados de experiências, de forma a promover um nível desejado de aprendizagem. Assim, cabe ao professor evitar rotina, fixação de respostas, hábitos, sua função consiste em provocar desequilíbrios, fazer desafios, deve orientar o educando a conceder-lhe ampla margem de autocontrole e autonomia, deve assumir o papel de investigador, pesquisador, orientador, coordenador, levando o educando a trabalhar o mais independentemente possível.

Na perspectiva humanista existe uma valorização do potencial humano assumindo-o como ponto de partida para a compreensão do processo de aprendizagem. Considera que as pessoas podem controlar seu próprio destino, possuem liberdade para agir e que o comportamento delas é consequência da escolha humana. Os princípios que regem tal abordagem são a auto-direção e o valor da experiência no processo de aprendizagem. Preocuparam-se em tornar a aprendizagem significativa, valorizando a compreensão em detrimento da memorização tendo em conta, as características do sujeito, as suas experiências anteriores e as suas motivações. O indivíduo é visto como responsável por decidir o que quer aprender; Aprendizagem é vista como algo espontâneo e misterioso.

Na abordagem social, as pessoas aprendem observando outras pessoas no interior do contexto social. Nessa abordagem a aprendizagem é em função da interação da pessoa com outras pessoas, sendo irrelevantes condições biológicas. O ser humano nasce como uma “tábua rasa”, sendo moldado pelo contato com a sociedade.

Na concepção vygotskyana o pensamento verbal não é uma forma de comportamento natural e inata, mas é determinado por um processo histórico-cultural e tem propriedades e leis específicas que não podem ser encontradas nas formas naturais de pensamento e fala. Uma vez admitido o caráter histórico do pensamento verbal, devemos considerá-lo sujeito a todas as premissas do materialismo histórico, que são válidas para qualquer fenômeno histórico na sociedade humana (Vygotsky, 1993 p. 44). Sendo o pensamento sujeito às interferências históricas às quais está o individuo submetido, entende-se que, o processo de aquisição da ortografia, a alfabetização e o uso autônomo da linguagem escrita são resultantes não apenas do processo pedagógico de ensino-aprendizagem propriamente dito, mas das relações subjacentes a isto.

Assim, as concepções fazem parte do cotidiano; da educação formal e informal, porém nós educadores devemos conhecer nossos educandos para assim utilizar a concepção necessária no processo ensino aprendizagem.
                                  
A avaliação é contínua, assim deve acontecer todos os dias, devemos levar em consideração o desenvolvimento das habilidades diariamente, pois os educandos aprendem diariamente, e o erro por sua vez com certeza é construtivo, porém devemos ter muito cuidado para utilizado em benefício do educando, temos que fazer com que o próprio educando reconheça o seu erro para  que assim busque sua correção, sem constrange-lo, de preferência em particular.

(Obs: O texto foi repassado sem devida referência)

Nenhum comentário:

Postar um comentário