"Ser educador é ser um poeta do amor. Educar é acreditar na vida e ter esperança no futuro. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência." (Augusto Cury)
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terça-feira, 17 de abril de 2012
quinta-feira, 5 de abril de 2012
MONTEIRO LOBATO DENUNCIA A MISÉRIA E ABANDONO
O VALE DO PARAÍBA PEDE SOCORRO
Monteiro Lobato de maneira apaixonada e com muita franqueza, ajudou a desvendar os problemas brasileiros que causavam tantas discrepâncias sociais. Essa visão apurada sobre o Brasil se deu em parte pelo fato de Monteiro Lobato ser dono de terras no interior paulista e ter sentido de perto as dificuldades da vida no campo, agravadas especialmente pelo declínio da economia cafeeira no Vale do Paraíba.
Em seus artigos para jornais e em diversos contos, Lobato denuncia, por meio de uma linguagem categórica, áspera e satírica, a miséria e o estado de abandono em que se encontram os caboclos paulistas, esquecidos pelas elites governantes e sem poder contar com uma estrutura agrária que lhes permitisse obter terras e trabalho. Em 1910, Lobato criou o seu mais famoso personagem – Jeca Tatu –, caricatura do caipira que sintetizava essas mazelas, o que provocou intensa polêmica entre os políticos e intelectuais do inicio do século XX.
(Torralvo, I. F. & Minchillo, C. C. Linguagem em Movimento, São Paulo – SP, FTD, 2010)
MONTEIRO LOBATO
“Um país se faz com homens e com livros”. Essa frase criada por ele demonstra a valorização que dava à leitura e sua forte influência no mundo literário.
Monteiro Lobato foi um dos maiores autores da literatura infanto-juvenil brasileira. Nascido em Taubaté, interior de São Paulo, em 18 de abril de 1882, iniciou sua carreira escrevendo contos para jornais estudantis. Em 1904 venceu o concurso literário do Centro Acadêmico XI de Agosto, época em que cursava a faculdade de direito.
Como viveu um período de sua vida em fazendas, seus maiores sucessos fizeram referências à vida num sítio, assim criou o Jeca Tatu, um caipira muito preguiçoso.
Depois criou a história “A Menina do Nariz Arrebitado”, que fez grande sucesso. Dando sequência a esses sucessos, montou a maior obra da literatura infanto-juvenil: O Sítio do Picapau Amarelo, que foi transformado em obra televisiva nos anos oitenta, sendo regravado no final dos anos noventa.
Dentre seus principais personagens estão D. Benta, a avó; Emília, a boneca falante; Tia Nastácia, cozinheira que preparava famosos bolinhos de chuva, Pedrinho e Narizinho, netos de D. Benta; Visconde de Sabugosa, o boneco feito de sabugo de milho, Tio Barnabé, o caseiro do sítio que contava vários “causos” às crianças; Rabicó, o porquinho cor-de-rosa; dentre vários outros que foram surgindo através das diferentes histórias. Quem não se lembra do Anjinho da asa quebrada que caiu do céu e viveu grandes aventuras no sítio?
Dentre suas obras, Monteiro Lobato resgatou a imagem do homem da roça, apresentando personagens do folclore brasileiro, como o Saci Pererê, negrinho de uma perna só; a Cuca, uma jacaré fêmea muito malvada; e outros. Também enriqueceu suas obras com obras literárias da mitologia grega, bem como com personagens do cinema (Walt Disney) e das histórias em quadrinhos.
Na verdade, através de sua inteligência, mostrou para as crianças como é possível aprender através da brincadeira. Com o lançamento do livro “Emília no País da Gramática”, em 1934, mostrou assuntos como adjetivos, substantivos, sílabas, pronomes, verbos e vários outros. Além desse, criou ainda Aritmética da Emília, em 1935, com as mesmas intenções, porém com as brincadeiras se passando num pomar.
Monteiro Lobato morreu em 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade, no ano de 2002 foi criada uma Lei (10.402/02) que registrou o seu nascimento como data oficial da literatura infanto-juvenil.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
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